Num reino não muito distante daqui, vivia um rei careca, todo emproado, que mais parecia um coronel daqueles que contracenavam na novela Gabriela.
Era tão cabeça empinada e autoritário que por onde passava todos lhe faziam vénias, ao mesmo tempo que lhe chamavam nomes baixinho, sem que ele se apercebesse, tais como: marsápio, gaita de foles, estique la pice, tringalho, bacamarte, mangalho, entre muitos outros.
Certo é, que era um membro muito importante, e quando ditava regras, tinham que as cumprir, senão castigava os seus súbditos do sexo masculino, obrigando-os a escovar os seus fortes cabelos encaracolados que ao contrário do normal, existiam por baixo do seu pescoço e que cheiravam muito mal.
Quanto ao castigo das súbditas era diferente, obrigava-as a lamberem-lhe o pescoço até à cabeça até que o rei esporrasse espirrasse.
Naquele reino ninguém gostava dele, devido à sua arrogância e imperiosidade, exceto uma senhora muito malévola que apelidavam de Dona Vaginez e também ela toda emproada.
Era muito exigente, e todos aqueles que quisessem entrar em sua casa, que por sinal eram muito poucos, porque ela escolhia-os a dedo, tinham que ter alguns requisitos impostos por ela mesma.
Tinham que passar no tapete que ela propositadamente punha à sua entrada, para que certas poeiras ficassem cá fora, e, todos que a visitavam tinham que ir de cabeça erguida, senão ela não permitia a sua entrada.
Certo dia o rei Careca, decidi fazer uma visita à Dona Vaginez. Sentia necessidade de trocar algumas palavras e atos com ela. Era a sua confidente predileta, sabia que com ela, podia escancarar tudo o que lhe apetecesse.
Já em cima do tapete da entrada da casa da Dona Vaginez, prepara-se para entrar. Ele nem sempre entrava da mesma forma, umas vezes lentamente, outras, entrava e saía várias vezes e outras, entrava com uma rapidez nunca vista.
Naquele dia, esperou como sempre que os dois mordomos da Dona Vaginez lhe abrissem as entradas principais, um de cada lado, para que podesse entrar com o seu pescoço todo esticado, fazendo-se notar a sua rigidez.
Dona Vaginez ao sentir-se "invadida" pela entrada rigida do Rei careca, solta um pequeno gemido rezingão, devido à sua brutalidade, dizendo:
" - Mas que modos Senhor Rei Careca, nem licença pediu para entrar na minha rachona."
Rachona era a divisão onde Dona vaginez recebia os seus convidados mais importantes.
O Rei resignando-se responde: " - Peço perdão pelos modos e como tal faço questão de sair e tentar entrar de novo como a Dona Vaginez gosta, aceita?"
Dona Vaginez responde: " - Claro que não me importo, terei todo o prazer ao senti-lo a entrar de novo e com outros cuidados na minha húmida rachona."
" - Muito bem." - comentava o Rei. " - Dona Vaginez dá licença que entre na sua rachona???" - perguntava o rei ainda com o pescoço mais esticado do que na primeira vez que entrara nela.
" - Claro que dou, entre, use e abuse da minha rachona como se fosse sua." Ao mesmo tempo que ordena aos mordomos que abram alas para o Rei entrar.
O Rei já todo pimpão dentro da rachona da Dona Vaginez, sente-se meio atordoado e começa às cabeçadas contra as paredes da rachona, ora para a frente, ora para trás, vezes seguidas sem conta. Dona Vaginez aprecia deitada sem saber bem o que o rei estava a fazer, o certo é que aquilo estava a proporcionar-lhe prazer e deixou-se ficar ali a observar.
O rei não parava de dar cabeçadas contra as paredes, parecia que estava a explorar um poço de petróleo, mas não encontrava nem o fundo, nem o petróleo, já nervoso e pulsante suava e gritava:
" - Dona Vaginez, estou quase a conseguir, já sinto o cheiro!"
" - Esteja á vontade meu rei, use a abuse da rachona, afinal ela serve é para isso mesmo." - respondia-lhe Dona Vaginez, enquanto assistia os mordomos a coçarem-se por dentro das calças e vá-se lá entender o porquê.
A dada altura o rei começa a gritar eufórico:
" - Vem aí, vem aí....ai estou quase a conseguir....conseguiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...!"
E dá-se uma explosão dentro daquela rachona que já pingava por todos os lados, juntamente com a careca do rei.
Dona Vaginez ao sentir a sua rachona toda besuntada por algo viscoso e de um tom esbranquiçado, fica em pânico e ordena aos mordomos que acompanhem o Rei até à saída, para que se pudessem fazer limpezas.
Este por sua vez, já com as rodas vazias e o pescoço encolhido, sai sem nada dizer.
Agora desafio todos os leitores que por aqui passem, caso queiram e possam, dêm continuidade a este conto da minha autoria.