Por aqui tem estado um calor, que nem é bom!
Preciso urgentemente de uma overdose de....
...neste fim de semana, que promete ser muito quente!
Hoje em dia "banalizamos" muito a palavra amizade.
Dizemos que temos mil e um amigos, adicionamos cada vez mais "amizades" nas redes sociais, mas na realidade não passam de conhecidos e curiosos que querem "cuscar" as nossas vidas. Muitos deles, passam por nós na rua e nem um olá nos dizem.
É a isto que chamam amizade?
Gabo-me de ter muitos conhecidos, mas amigos tenho muito, mas muito poucos.
Poucos, mas valiosos. Tão valiosos, que se dão ao trabalho de me enviarem convites para que possamos fortalecer esse mesmo laço de amizade!
Querem saber como?
Ora espreitem aqui!
Duas amigas, exaustas, conversavam sobre o que desejavam naquele preciso momento.
Uma delas, dizia:
"- Preciso de mudar de ares, afastar-me do trabalho, dos filhos, de casa e até do meu marido!"
A outra receptiva, sugere:
"- E se tirassemos 2 ou 3 dias apenas nós, para relaxar, que me dizes?"
"- Parece-me bem!" - respondia. "- E se levassemos connosco a Gi?"
"- Se ela quiser, por mim tudo bem!"
Mais depressa sugerido, mais depressa posto em ação.
Aproveitaram o calor que fazia e alugaram uma casa no interior, com rio e piscina por conta delas.
Não tinham horários, nem trabalhos que as ocupassem e relaxar era o principal objetivo.
Acordavam à hora que queriam, íam até à piscina, comiam, riam, falavam, desfrutavam e á noite recorriam a um dos poucos bares que existiam na vila. Dançavam, bebiam uns copos, trocavam alguns olhares e deixavam que lhes fossem dirigidos alguns piropos por alguns homens que se faziam a elas, mas nunca passou disso. Não queriam, estavam ali para se divertirem apenas as três.
No último dia de estadia, decidiram ir conhecer o rio que havia perto...e foi ali que ambas as três deixaram-se levar pela fantasia e desejo...de se explorarem mutuamente num trio intensamente carnal.
Foi nesse dia, que ficou o desejo e a vontade de repetir tudo aquilo...
Acho que voltei...acho...
Não sei se continuo a mesma...tenho dúvidas...
Algo me está a transformar...deixando-me pensativa...
Sinto-me estranha...distante...
Não sei o que me transforma...
Serão efeitos do calor?
Ou efeitos da falta que algo alguém me faz?
Não sei...
"São horas.
É por esta hora que dou por mim pensativa. Quando o dia pára. Quando a confusão começa a dissolver-se e o barulho lá fora acalma. Quando os putos adormecem e a casa fica vazia. Quando apetece o colo. Quando o encostar a cabeça no teu ombro significa o paraíso. Quando a companhia apetece e simplesmente olhar para a televisão até se torna um programa confortável.
São horas.
Vou-me arranjar! Porque a tua ausência tem hora marcada. Tem hora certa de chegar. Mas nunca sei quando se decide ausentar."
R.L.
"Em modo de pausa. Sossegada. Quieta. Apenas esperando. Na verdade, desesperando por algo que há muito é aguardado.
Em modo silencioso.
Sem te importunar."
Rita Leston
...para...uma semanita sem mim!
Sobrevivem?
"Nestes modernos tempos tudo é especial, maravilhoso, tudo é fora do vulgar e diferente de tudo o que mais há. Nestes tempos todos são únicos e extraordinários. Tomaram o "diferente" e guindaram-o a "melhor" e tantos há que nem repararam que ao ser todos diferentes se tornam, no pior sentido, afinal todos iguais.
Pegaram no amor e quiseram-o sublime, sublimado, que todos os amores só assim fazem sentido, é o que dizem. Pegaram nas fasquias e subiram-as, e tanto, ao ponto de acharem que quando as ultrapassam não é por o amor ser bom mas por a expectativa ser pequena.
Esquecem-se que o amor não é isso dos livros e dos filmes. O amor é feito por amadores, não é perfeito nem exótico nem ideal. É feito de asneiras, e de tentativa e erro. No amor, ao contrário dos filmes, não se fode sempre de soutien e as pessoas não saem da cama embrulhadas nos lençóis. Ao contrário dos filmes, as pessoas do amor dão puns, dão maus jeitos às costas a foder, têm borbulhas em sítios impróprios. Acham-se mais gordas e mais feias e olheirentas do que são, e acham-nas mais sexy e boazonas e fodíveis do que pensam. Dizem palavrões na cama e às vezes noutros sítios, mas ao contrário dos filmes ninguém diz, "si, si cariño" a menos que seja a gozar. As pessoas do amor apalpam-se, cheiram a roupa umas das outras e gostam, não fodem só depois de tomar banho nem têm sempre uma barba perfeita de três dias. O verdadeiro amor é ordinário e amador, mal preparado, e às vezes corre mal. As pessoas vêm-se sem querer ou não se vêm mesmo querendo. Mas é assim, é mesmo assim e talvez só seja bom quando é assim, com asneiras e tolices e coisas dificilmente confessáveis, com dias cheios de innuendos que acabam com os dois exaustos o fim de um dia qualquer a dizer "isto hoje foi um dia cansativo, se calhar fodemos amanhã", e outras vezes nem isso, olhamos uns para os outros e tem de ser agora, em cima do que calhar, com cuspo em vez de vaselina porque às vezes não há como resistir a um "enrraba-me já".
O mais extraordinário do amor, às vezes, é ser uma coisa ordinária, e ainda bem que sim."
Desculpem a ausência, mas ando sem tempo.
Prometo compensar!