Diálogo entre o meu corpo e eu
Meu corpo, chama-me:
- Pssst, Palomina!!
- Sim, que me queres? - pergunto-lhe eu.
- Quero que abandones o que estás a fazer, para que te possas entregar a mim por inteira - pede-me o corpo, continuando. - Não sentes as tuas entranhas cheias de desejo? Não sentes nos movimentos que fazes, vontade de expulsar essa inquietude que te persegue agarrada à tua pele? Porque a ignoras? Estou a estranhar-te, nem pareces tu. - dizia-me o corpo.
- Sinto, ohhh se sinto...mas estou só, sem companhia que me possa satisfazer na plenitude. - respondo-lhe eu.
- Só? E eu, não sou nada??? - pergunta-me o meu próprio corpo.
- És, claro que és, tu...és...eu!
- E que melhor queres? Nada nem ninguém te conhece tão bem, como o teu próprio corpo. - continuava ele.
- Sim, é verdade, mas... - retorquia eu.
- Shiuuuu....mas nada, baixa essa cuequinha, entrega-te a mim, que eu me entrego a ti, e juntos vamos ao encontro do prazer. - sugeria-me o corpo.
Palomina, decidiu fazer o que o seu corpo lhe pedia. Concluíndo que na falta de melhor, prazeres solitários, são tão bons ou melhor do que com companhia.