Parada num certo local, à espera de umas certas pessoas, intrigo-me com a observação que estou a ter perante certas mesquinhezes existentes no ser humano.
Reparo com uma certa atenção ao que dizem e aos gestos que fazem. Apenas escuto o que dizem e nada falo.
Intrigas, invejas, maus-feitios....ahhhhhhhhhh, não posso com essas coisas e retiro-me sem que dêm por isso.
Que estou aqui a fazer? - pergunto-me.
Como me sinto diferente de tanta gente com quem me relaciono. Gentinha medíocre sem nada para fazer e pobres de espírito.
Que tristeza! - penso.
Porque será que, cada vez que algumas pessoas abrem a boca só dizem barbaridades? A cultura e o meio onde estão inseridos talvez não ajude muito, mas, eu também sou das que estou inserida nesse meio e não penso assim, não ajo assim.
E, parar para refletir, quem somos, custará assim tanto???
Se, em vez de andarmos por aí a criticar aquilo que nem sabemos sequer, nos olhassemos ao espelho e nos olhassemos para dentro de nós mesmos???
Não seria mais sensato, mais justo??
Acho que só devemos apontar o dedo, quando antes disso, sabermos reconhecer e aceitar os nossos defeitos...sim, porque apontar os defeitos dos outros é muito fácil, mas os nossos....
Seremos perfeitos????
Nem de longe nem de perto, a perfeição não existe.
A conversa nem era dirigida à minha pessoa, mas custa-me ouvir certos disparates...disparates esses que teimam em não abandonar estas mentes picuínhas que nunca mais crescem.
Estranha forma de vida essas...
Como eu queria mudar de local, ir viver para um sitio onde as pessoas fossem mais simples, mais bondosas e muito mais crescidas a nivel de espírito e de sensatez, porque a inteligência todos temos, uns sabem usá-la, outros não se querem dar ao trabalho de saber onde ela reside.
Tenho pena, muita pena!!
"Deveríamos olhar demoradamente para nós próprios antes de pensarmos em julgar os outros". (Jean Molière)