Numa simples conversa o seu imaginário conseguiu trabalhar muito bem e eis que o resultado foi surpreendentemente agradável.
Ela planeara tudo, fez questão.
Alugou uma casa de madeira, daquelas de turismo rural no meio da natureza numa serra, num local deserto junto a um ribeiro. Sitio ideal para se passar um dia inesquecível a dois.
Ele ansioso, porque não sabia o que lhe esperava, lá foi ter ao local combinado. Cumprimentaram-se, ela com um sorriso matreiro, ele não conseguia disfarçar o nervoso miudinho que sentia.
Fizeram-se de novo à estrada onde ela o encaminhara para o paraíso.
Eram quase 10.30h da manhã, ela apresenta-lhe a casa e os vizinhos, que por sinal eram somente uns pássaros que esvoaçavam de árvore em árvore tão felizes quanto aqueles dois seres pareciam estar.
Na cozinha enquanto conversa com ele, vai cuidando do almoço que fez questão também de preparar pelas suas próprias mãos. Adorava juntar vários prazeres de uma só vez...o resultado iria ser concerteza muito mais intenso.
Ele fica a apreciá-la enquanto ela mexe os quadris...e dentro da cabeça dele já outros desejos falam mais alto. Aproxima-se do local onde ela estava ocupada, encosta-se nas traseiras dela e oferece-lhe ajuda...sente o seu cheiro e roça-se sem querer...ela olha-o de lado com ar malicioso de quem sabe bem o que ele deseja.
Não resiste e beija-a no pescoço, ela estremece..."calma" dizia-lhe ela, ao mesmo tempo que desejara que ele continuasse sem parar.
"- Não sentes calor?" dizia-lhe ele.
"- Sim, aqui está quente...talvez se deva ao forno ligado e a cozinha é pequena."
"- E se fossemos tomar um banho...os dois...juntos???" perguntara-lhe ele, atrevido.
"- Hummmm...os dois, porque não?" respondera-lhe ela ansiosa.
Enquanto ele se dirige para a casa de banho para temperar a água, ela mete o almoço no forno. Vai ter com ele já despido e debaixo de água. Ela encostada a uma parede fica a observá-lo enquanto morde o lábio inferior, tique habitual.
"- Porque esperas para vir para junto de mim?" pergunta-lhe ele.
"- Espero que esse pau que tens aí baixe, não vá ele espetar-se em qualquer lado e pode ser perigoso." dizia-lhe enquanto sorria com uma maldade saudável.
Despe-se e junta-se a ele. Que bem que estava a saber aquela água a percorrer-lhes os corpos quentes e desejosos de carícias mais intimas. Beijam-se, roçam-se e tentam aguentar ao máximo a vontade de se devorarem mutuamente. Sabem o que fazem, estontaneamente tântrico.
O tempo passa e eles nem dão por isso, ela diz-lhe que vai sair, tem que ir desligar o forno.
Enrrosca-se numa toalha e dirige-se à cozinha. Está pronto o almoço pensava ela, mas estava com uma vontade enorme de ter um aperitivo à altura do dia. Sentia-se merecedora disso.
Vai ter com ele de novo à casa de banho, onde ele se enxugava, puxa-o, com olhar de atesoada para o quarto, atira-o para cima da cama e pergunta-lhe: "- Tás com fome?
Ele: "- Sim, mas isso pode esperar, não?"
E ela: " - Talvez por ti possa, mas por mim não espero mais um minuto, posso saborear-te?" E nem tempo lhe deu para que ele podesse responder...
Deita-se sobre o corpo dele e beija-o, desce pelo pescoço, mordiscando-o ao mesmo tempo que lhe percorre a língua, continua a descer parecendo uma cobra...
Ele contorce-se, ela toca-lhe no seu sexo teso, lambe-o em movimentos lentos para que ele possa sentir cada segundo daqueles toques suaves, atrevidos, quentes, e não o larga, beija-o, lambe-o, chupa-o e no pensamento dela, ele já se estava a tentar aguentar para não explodir, então pára, não lhe quer fazer sofrer mais.
Ele agarra-a e troca-lhe as voltas, estando agora ele em cima dela no comando e pergunta-lhe: "- Que queres, diz-me. "
"- Quero-te a ti, agora e dentro de mim."
As palavras desapareceram, os actos e os movimentos continuaram cada vez mais intensos e ritmados.
Ela gemia de prazer, ele delirava ao saber que lhe proporcionava tal momento.
Entre gemidos, sussurros e suores ela vem-se com ele dentro dela...e mesmo assim não pára, sobe para cima dele, onde cavalga sem parar, a fera ficou fera e quer mais a safada.
E em tão pouco tempo vem-se de novo num orgasmo muito mais intenso que o anterior...ele também já não consegue nem quer aguentar mais e explode dentro dela...loucura total...êxtase!
Recompõem-se, arranjam-se, beijam-se e comentam que aquilo lhes deu fome. Sorriem.
Já à mesa, deliciam-se com o almoço que segundo ele estava muito bom, conversavam sobre as suas vidas lá fora. Ao mesmo tempo que imaginavam o que seria se pudessem ficar ali por muito mais tempo os dois, sem outras preocupações habituais...aquilo era sem dúvida o paraíso...
De tarde decidem dar uma volta para conhecer melhor o local e de facto o sitio foi muito bem escolhido para quem é amante da natureza.
Sentam ao pé do ribeiro, faz-se silêncio entre eles, escutam o barulho da água a correr, aquilo transmitia paz, e uma vontade enorme de se agarrarem ao som dos ruídos que a natureza proporcionava.
Fixam o olhar um no outro e beijam-se como se fossem dois garotos apaixonados, mas na realidade eram já adultos e com alguma experiência de vida notória. Mas não foi por isso que esse beijo deixou de ser menos intenso, porque a mesma experiência ajuda com que se saiba fazer melhor certas coisas...com o tempo conseguimos aperfeiçoar aquilo que outrora jamais conseguiriamos imaginar...
E naquele sitio, conseguir-se fazer o que faziam, só com a ajuda da maturidade se conseguiu.
Deitados no chão em cima da erva macia, sentem aquele desejar constante de querer sempre mais e mais...naquele que foi concerteza um dos melhores dias das suas vidas...para mais tarde recordar...num paraíso que só visto, ou num blog onde a autora tenta escrever aquilo que sente, vive e sonha.