Numa noite, ao inverso de muitas outras, dormis-te comigo, tive-te a meu lado e sem saber como...
Circundando a minha cama, embatiam velas, brilhantes, luzentes e vivas, engrandecendo o calor que se fazia sentir. Por entre os nossos murmúrios, fazia-se ouvir uma musica de fundo que vinha não sei de onde, e visto bem, naquela ocasião, não interessava mesmo mais nada. Teu corpo juntava-se ao meu, tua língua bailava com a minha, e a disputa de gemidos era constante. Há medida que as coisas avançavam, o calor aumentava, estranho talvez, mas o desejo era mais quente que o próprio frio. Teus olhos brilhavam, conseguia avistar dentro deles, o desejo fervilhar, teu sorriso conseguia ver, o quanto feliz te encontravas. Tu e eu, eu e tu, a impossibilidade de algo real, teu corpo no meu...
Beijas-te meus seios, beijas-te meu corpo, lambes-te meu suor e deste-me prazer.
Gemidos crescentes, prazer em ascenção, esquecemos as palavras da razão e quebramos fronteiras do nosso coração.
O ambiente era perfeito, até as velas darem lugar a fogo, até o sonho dar luar à realidade, a realidade em que apenas te tenho na fantasia...